Visão
Este site foi iniciado com a visão de proporcionar uma plataforma de apoio e direção para que profissionais da área de saúde possam iniciar suas pesquisas de forma multidisciplinar, em especial com o método de elementos finitos. Mesmo aqueles que não desejam trabalhar com a pesquisa podem se beneficiar com os artigos para adquirirem um senso crítico sobre o tema, facilitando a avaliação e entendimento de diversos artigos.
Mensagem do autor
Espero que goste do site tanto quanto eu gosto de fazê-lo. Recomendo fortemente para os que não tem familiaridade com todas as etapas do método a assitirem a video aula neste link, sobre princípios básicos da pesquisa na odontologia antes de iniciar a leitura de qualquer outro artigo. A aula fornecerá uma visão geral sobre o método e sobre as etapas necessárias para pesquisa. Para qualquer dúvida, sugestão, recomendação ou solicitação, por favor não hesite em me contatar.
Histórico
Nem sempre as melhores oportunidades da vida iniciam da forma como se espera. Quando meu amigo e colega Prof. Dr. Ederson Betiol sugeriu realizar minha dissertação de mestrado com o método de elementos finitos, em 2006, minha reação foi um rosto bem surpreso e aquele olhar meio perdido de “No que é que ele está querendo me meter?”, afinal na época eu queria algo fácil para poder concluir meu mestrado, fazer um artigo e poder voltar ao meu intuito de dar aulas e ter um consultório. Gentilmente o prof. me mostrou sua dissertação de mestrado realizada com o método, cuja única impressão minha foi algo como “é bonito”, porque de resto eu não entendia absolutamente nada. Pra minha sorte não me lembro de ele ter perguntado se eu estava entendendo, caso contrário estaria em sérios apuros.
Fui conduzido então a profa. dra. Mildred Hecke, do curso de engenharia Civil da Universidade Federal do Paraná e líder do grupo de pesquisa em biomecânica, que compartilhou comigo algumas idéias. Infelizmente ela estava partindo para um pós doutorado em Portugal dentro de 3 dias, aonde ficaria por doze meses e somente voltaria quando meu mestrado já tivesse terminado. Fui apresentado a um mestrando em engenharia para me ajudar, mas a verdade é que ele não tinha muito tempo disponível e eu realmente precisava aprender tudo. Ok, eu sabia algo sobre propriedades de materiais, que na época seria uns 04% do que precisava para desenvolver minha dissertação. Realmente não estava pronto para o desafio que era aprender o método praticamente sozinho, com a pequena informação relacionada que aprendemos na formação odontológica.
Com o desejo de concluir rapidamente o mestrado coloquei o método como opção B e parti para uma opção de estudo clínico com placas miorelaxantes, em que o projeto estava todo definido, comitê de ética aprovado e só teria que realizar o trabalho. Passei três meses da minha vida praticamente entre o laboratório de prótese da faculdade e a clínica. O problema veio depois desses três meses em que os pacientes começaram a faltar e pela metodologia utilizada, quando um paciente faltava eu tinha que dispensar ele da pesquisa. Nisso eu já estava aprovado para o doutorado que iria iniciar no início do ano seguinte e tinha sete meses para concluir minha dissertação de mestrado.
Frustrado, desanimado, acelerado e qualquer outro “ado” que tenha a ver com esses três, parti para a pesquisa com o método de elementos finitos para tentar concluir a dissertação a tempo. Nisso eu tinha estudado um pouco sobre o método no meu tempo livre, que deveria representar aproximadamente 12% do que precisava para concluir minha dissertação. Deus é bom e hoje vejo que foi a melhor coisa que poderia me acontecer, mas nos meses seguintes confesso que minha vontade era arremessar o monitor pela janela e ir tomar sorvete, porque às vezes (quase sempre no começo) parecia que estava lendo hieróglifos. Foram dias muito frustrantes, mas eu tinha um excelente incentivo, já que se não defendesse perderia o doutorado e não sabia quando teria outra seleção, ou seja, ou eu fazia, ou eu fazia. O mestrando me ajudou um pouco e a profa. Mildred me ajudava como podia por email, mas eu sabia que teria que fazer tudo praticamente sozinho se quisesse acabar a tempo. Curiosamente passado os primeiros meses o que era uma completa confusão começou a se tornar curiosidade. Passado a barreira inicial de um dentista com formação biológica entender conceitos de engenharia, a pesquisa começou a se tornar interessante e agradável. Comecei a me interessar por artigos, softwares e discussões sobre o método, mesmo que não fosse utilizá-las na minha dissertação. O método deixou de ser um meio de terminar o mestrado para ser um objeto de interesse.
No final eu defendi minha dissertação no dia 20 de dezembro de 2007. Quase levei um chapéu de Papai Noel para a defesa, mas correu tudo muito bem. Hoje faria diferente minha dissertação, mas na época estava satisfeito e até orgulhoso. Não foi fácil vencer as barreiras iniciais e tudo que aconteceu foi o estímulo certo que precisava para perseverar.
Hoje entendo o quanto é difícil ultrapassar as barreiras iniciais para a pesquisa com o método. Por esse motivo o site surgiu como uma idéia para facilitar a trajetória que profissionais da saúde devem percorrer para trabalhar com o método. Também tem informações importantes sobre o conhecimento necessário para trabalharem em grupos multidisciplinares. Mesmo profissionais que não desejam utilizar a metodologia podem se beneficiar com as informações oferecidas, para adquirir um senso crítico de análise de artigos com a metodologia.
Este site foi iniciado com a visão de proporcionar uma plataforma de apoio e direção para que profissionais da área de saúde possam iniciar suas pesquisas de forma multidisciplinar, em especial com o método de elementos finitos. Mesmo aqueles que não desejam trabalhar com a pesquisa podem se beneficiar com os artigos para adquirirem um senso crítico sobre o tema, facilitando a avaliação e entendimento de diversos artigos.
Mensagem do autor
Espero que goste do site tanto quanto eu gosto de fazê-lo. Recomendo fortemente para os que não tem familiaridade com todas as etapas do método a assitirem a video aula neste link, sobre princípios básicos da pesquisa na odontologia antes de iniciar a leitura de qualquer outro artigo. A aula fornecerá uma visão geral sobre o método e sobre as etapas necessárias para pesquisa. Para qualquer dúvida, sugestão, recomendação ou solicitação, por favor não hesite em me contatar.
Histórico
Nem sempre as melhores oportunidades da vida iniciam da forma como se espera. Quando meu amigo e colega Prof. Dr. Ederson Betiol sugeriu realizar minha dissertação de mestrado com o método de elementos finitos, em 2006, minha reação foi um rosto bem surpreso e aquele olhar meio perdido de “No que é que ele está querendo me meter?”, afinal na época eu queria algo fácil para poder concluir meu mestrado, fazer um artigo e poder voltar ao meu intuito de dar aulas e ter um consultório. Gentilmente o prof. me mostrou sua dissertação de mestrado realizada com o método, cuja única impressão minha foi algo como “é bonito”, porque de resto eu não entendia absolutamente nada. Pra minha sorte não me lembro de ele ter perguntado se eu estava entendendo, caso contrário estaria em sérios apuros.
Fui conduzido então a profa. dra. Mildred Hecke, do curso de engenharia Civil da Universidade Federal do Paraná e líder do grupo de pesquisa em biomecânica, que compartilhou comigo algumas idéias. Infelizmente ela estava partindo para um pós doutorado em Portugal dentro de 3 dias, aonde ficaria por doze meses e somente voltaria quando meu mestrado já tivesse terminado. Fui apresentado a um mestrando em engenharia para me ajudar, mas a verdade é que ele não tinha muito tempo disponível e eu realmente precisava aprender tudo. Ok, eu sabia algo sobre propriedades de materiais, que na época seria uns 04% do que precisava para desenvolver minha dissertação. Realmente não estava pronto para o desafio que era aprender o método praticamente sozinho, com a pequena informação relacionada que aprendemos na formação odontológica.
Com o desejo de concluir rapidamente o mestrado coloquei o método como opção B e parti para uma opção de estudo clínico com placas miorelaxantes, em que o projeto estava todo definido, comitê de ética aprovado e só teria que realizar o trabalho. Passei três meses da minha vida praticamente entre o laboratório de prótese da faculdade e a clínica. O problema veio depois desses três meses em que os pacientes começaram a faltar e pela metodologia utilizada, quando um paciente faltava eu tinha que dispensar ele da pesquisa. Nisso eu já estava aprovado para o doutorado que iria iniciar no início do ano seguinte e tinha sete meses para concluir minha dissertação de mestrado.
Frustrado, desanimado, acelerado e qualquer outro “ado” que tenha a ver com esses três, parti para a pesquisa com o método de elementos finitos para tentar concluir a dissertação a tempo. Nisso eu tinha estudado um pouco sobre o método no meu tempo livre, que deveria representar aproximadamente 12% do que precisava para concluir minha dissertação. Deus é bom e hoje vejo que foi a melhor coisa que poderia me acontecer, mas nos meses seguintes confesso que minha vontade era arremessar o monitor pela janela e ir tomar sorvete, porque às vezes (quase sempre no começo) parecia que estava lendo hieróglifos. Foram dias muito frustrantes, mas eu tinha um excelente incentivo, já que se não defendesse perderia o doutorado e não sabia quando teria outra seleção, ou seja, ou eu fazia, ou eu fazia. O mestrando me ajudou um pouco e a profa. Mildred me ajudava como podia por email, mas eu sabia que teria que fazer tudo praticamente sozinho se quisesse acabar a tempo. Curiosamente passado os primeiros meses o que era uma completa confusão começou a se tornar curiosidade. Passado a barreira inicial de um dentista com formação biológica entender conceitos de engenharia, a pesquisa começou a se tornar interessante e agradável. Comecei a me interessar por artigos, softwares e discussões sobre o método, mesmo que não fosse utilizá-las na minha dissertação. O método deixou de ser um meio de terminar o mestrado para ser um objeto de interesse.
No final eu defendi minha dissertação no dia 20 de dezembro de 2007. Quase levei um chapéu de Papai Noel para a defesa, mas correu tudo muito bem. Hoje faria diferente minha dissertação, mas na época estava satisfeito e até orgulhoso. Não foi fácil vencer as barreiras iniciais e tudo que aconteceu foi o estímulo certo que precisava para perseverar.
Hoje entendo o quanto é difícil ultrapassar as barreiras iniciais para a pesquisa com o método. Por esse motivo o site surgiu como uma idéia para facilitar a trajetória que profissionais da saúde devem percorrer para trabalhar com o método. Também tem informações importantes sobre o conhecimento necessário para trabalharem em grupos multidisciplinares. Mesmo profissionais que não desejam utilizar a metodologia podem se beneficiar com as informações oferecidas, para adquirir um senso crítico de análise de artigos com a metodologia.